Wednesday, December 15, 2010



Autor: BEATRICE ALEMAGNA
Tradutor: MONICA STAHEL
Editora: WMF MARTINS FONTES
Assunto: INFANTO-JUVENIS - LITERATURA INFANTIL

RECOMENDO MUITO FORTEMENTE!!!!

É lindo, doce e profundamente enclarecedor.
beijos e uma ótima leitura.



Para ver ou rever e refletir muuuuito!!!
Por que criar o " Na Dúvida: Gentileza!" ?????

Porque nenhum tipo de violência contra crianças é aceitável !


Simples assim, inquietante assim, doloroso assim , trabalhoso assim! No estudo realizado pelas Nações Unidas, sobre violencia contra crianças (no mundo), o Professor Paulo Sérgio Pinheiro expõe as mais diversas faces dessa violência.
Violência, independentemente do que é ou não aceito culturalmente ou localmente, é sempre violência e um adulto agredindo uma criança, independentemente dos laços familiares, será sempre uma pessoa grande batendo em uma pessoa pequena.
O " Na Dúvida: Gentileza!" nasce porque também não tenho respostas prontas, mas estou à procura de respostas para acabar com castigos físicos e humilhantes contra crianças.
E é muito bom para esse nosso começo de conversa, que fique claríssimo, que a minha ou a sua falta de respostas não anula nem suspende o direito de toda criança de nascer, crescer e se desenvolver livre de violência.

.
"As crianças não são mini-seres humanos com mini-direitos humanos; no entanto,
enquanto os adultos as considerarem como tal, a violência contra a criança persistirá."
Maud de Boer-Buquicchio, Secretária-Geral Adjunta do Conselho da Europa
Vale à pena visitar!!!!


http://www.unicef.org/brazil/pt/br_folderraci.pdf

Por uma infância sem racismo. Vídeo do UNICEF com Lázaro Ramos

Tuesday, December 14, 2010

Pequenas economias ou discriminação racial em lojas de brinquedos?

Prezadas e prezados,em época natalina e de revisões para um novo ano, esse é um convite à reflexão!

No dia 3 de dezembro de 2010, ao procurar por bonecas para um curso, na loja de brinquedos da rede Ri Happy do Shopping Higienópolis, solicitei duas bonecas de um mesmo modelo de “bebê” cuja única diferença era a cor, fui surpreendida com uma diferença de preço, sendo a boneca negra mais barata do que a boneca branca. Ao questionar a vendedora fui informada que o preço já é diferente vindo do fornecedor/fabricante; solicitei a presença do gerente. A conversa com o gerente só confirmou as informações anteriores, o preço é diferente mesmo e a única diferença entre as bonecas é a cor da “pele”.
Como consumidora, manifestei a minha contrariedade em pagar por um mesmo produto valores diferentes. Também como mãe, cidadã, pediatra que testemunha e acompanha o desenvolvimento de crianças diariamente, membro do comitê estadual de saúde da população negra e conselheira estadual de direitos da criança e do adolescente do Estado de São Paulo, manifestei minha profunda indignação com tamanha discriminação. Qualquer resposta ou tentativa de justificativa parece apenas piorar o fato.
Imaginemos uma criança negra entrando com sua mãe em uma loja de brinquedos para comprar uma boneca que será por algum tempo a sua “filhinha”, de cara nos deparamos com o fato inconteste do diminuto número de bonecas com a cor parecida com a cor da sua pele. Consideremos que ela dê a mesma sorte que eu e exista uma boneca negra a disposição, exatamente igual a branca, porém mais barata, de menor valor comercial. Talvez essa criança hipotética, assim como tantas crianças reais nem perceba que há diferença no preço das bonecas, mas nós adultos, minimamente atentos às desigualdades e iniqüidades existentes principalmente na infância, temos obrigação de perceber e questionar.
Qual será a mensagem que passamos às crianças?
Que elementos oferecemos em um episódio como este para a formação ou a “deformação” da sua auto-imagem e conseqüentemente da sua auto-estima?
Tenho várias hipóteses e um profundo mal estar que me impulsionou a escrever e denunciar o fato, para que muitos leiam e possamos construir um caminho de respeito às diferenças entre as pessoas e
respeito ao direito de crescer livre da discriminação e do preconceito.
Inconformada, no dia seguinte na loja do Shopping Villa Lobos da mesma rede, o incidente repetiu-se. Isso mostra que não são fatos isolados, mas que a rede de lojas Ri Happy, cujo público alvo é a criança, favorece o processo discriminatório de cunho étnico-racial na comercialização desse item.
Informo que os dois episódios acima relatados culminaram com a compra das bonecas, anexo notas fiscais como prova do ocorrido.

Atenciosamente

Sandra Regina de Souza